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Você vai perder seu emprego para a IA?

  • Foto do escritor: Juliana Starosky
    Juliana Starosky
  • 9 de mai.
  • 6 min de leitura

Por Juliana Starosky


Olá leitores do Blog - Headhunter da Carreira


Todos os dias ouço isso e também leio em artigos, mas a verdade é que isso não faz sentido, a IA é uma ferramenta que visa ajudar profissionais a melhorarem sua produtividade.



Quando a internet começou a ganhar espaço no mercado de trabalho, muita gente entrou em pânico. Havia um medo legítimo de que os computadores “roubariam” empregos. E não foi diferente com a automação industrial, os robôs nas fábricas ou, mais recentemente, os algoritmos que preveem o comportamento do consumidor melhor do que muitos profissionais experientes.


Quem lembra do filme - IA Inteligência Artificial do Steven Spielberg que foi lançado em 2001 sobre os mecas que estavam se relacionando com os seres humanos, havia até um menino robô que tentava conquistar o amor da "mãe" - um ser humano. Na época estava iniciando minha graduação em psicologia e até fiz um artigo sobre o Complexo de Édipo que um professor de uma universidade pediu para publicar e divulgar. Enfim, nada mudou drasticamente de lá para cá, apenas temos mais comodidades em assuntos relacionados à tecnologia.


O ser humano continuou no foco e sempre continuará no assunto "ser pensante no mercado de trabalho."

Precisamos apenas nos adaptar a essa nova era da tecnologia e aceitar que ela veio para nos ajudar e tomar nosso espaço de forma ética e profissional.


Agora, muitos profissionais frente a "chuva de conteúdos" sobre perder seu trabalho, vivem uma onda de incertezas sobre a Inteligência Artificial. Mas a pergunta real não é “ela vai nos substituir?”. A pergunta mais estratégica é: como podemos nos tornar complementares à IA?


O que diz o MIT?


Uma pesquisa recente da MIT Sloan School of Management (março de 2025) traz um novo olhar sobre esse tema. O estudo liderado pelo professor Roberto Rigobon propõe que, em vez de temer a substituição, precisamos investir nas habilidades que a máquina ainda não sabe fazer bem e talvez nunca saiba.


Eles criaram uma métrica chamada EPOCH, que reúne cinco grupos de capacidades humanas que tornam nosso trabalho mais difícil de ser automatizado:



1. Empatia e Inteligência Emocional

Capacidade de perceber, entender e se conectar com os sentimentos e emoções dos outros. Envolve escuta ativa, autorregulação emocional, respeito às diferenças e sensibilidade para lidar com conflitos. 


Exemplo: um líder que percebe que alguém da equipe está desmotivado e sabe como acolher, sem julgar, ajudando essa pessoa a se sentir vista.


2. Presença, rede e conectividade

É estar verdadeiramente presente nas interações (foco, atenção e intenção) e saber criar e manter relações significativas. Inclui a habilidade de colaborar, fazer networking e gerar conexões de valor humanas e estratégicas. 


Exemplo: uma profissional que, mesmo em reuniões virtuais, consegue engajar o time, estabelecer pontes com outras áreas e criar alianças produtivas.


3. Opinião, julgamento e ética

Capacidade de analisar contextos complexos e tomar decisões considerando impacto social, valores e consequências. Vai além de seguir regras: é agir com senso crítico e integridade. 


Exemplo: um executivo que recusa uma proposta lucrativa por entender que ela fere princípios da empresa ou prejudica stakeholders.


4. Criatividade e imaginação

Capacidade de criar soluções novas, pensar “fora da caixa”, combinar ideias de forma original e visualizar possibilidades futuras. Não se limita à arte está presente em inovação, estratégias e resolução de problemas. 


Exemplo: uma gerente de projetos que encontra uma maneira inovadora de envolver clientes em testes de produto, melhorando a experiência sem aumentar custos.


5. Operação, visão e liderança

Combinação entre a habilidade de fazer acontecer (executar com excelência), enxergar o futuro (visão estratégica) e mobilizar pessoas (liderança). 


Exemplo: um gestor que não só entrega os resultados operacionais, mas também inspira a equipe, desenvolve talentos e prepara o time para as mudanças do mercado.

Essas cinco capacidades representam o que as máquinas ainda não dominam e o que pode tornar a sua marca pessoal mais forte, relevante e insubstituível no futuro do trabalho.


O mais interessante? De 2016 a 2024, houve um aumento na quantidade de tarefas que exigem essas habilidades. E os empregos que mais cresceram nesse período são justamente os que envolvem criatividade, empatia e julgamento. Ou seja: 

Não, a IA não está substituindo todo mundo. Está mudando a forma como trabalhamos.

Você está investindo no que te torna único?


Em um mundo onde a IA vai escrever, calcular, prever e até interpretar dados melhor do que muitos de nós, o que ainda nos diferencia?


  • Sua história de vida.

  • Seu julgamento ético diante de dilemas complexos.

  • Sua capacidade de criar conexões humanas reais.

  • Sua visão para liderar com presença.

  • Sua marca pessoal que comunica tudo isso de forma estratégica.


A marca pessoal não é sobre autopromoção. É sobre clareza de quem você é, do valor que entrega e como se posiciona. Ela pode ser seu maior ativo em tempos de transformação.


A mesma ansiedade da internet em 1990


Um levantamento do Pew Research Center lembra que, nos anos 90, mais de 50% dos profissionais temiam que a internet causasse desemprego em massa. O que aconteceu, na verdade, foi uma reinvenção de funções. Criaram-se cargos como analista de dados, gestor de e-commerce, social media, UX designer, entre outros.


Com a IA, pode acontecer algo parecido: quem entender as mudanças antes, terá mais chance de se adaptar e liderar esse novo ciclo.


Perguntas que valem mais do que certezas:


  • Que parte do seu trabalho atual poderia ser feita por um algoritmo?

  • Qual é a parte mais humana da sua atuação e como você está desenvolvendo isso?

  • Você está esperando a mudança te atropelar ou já está planejando seu próximo movimento?

  • Sua marca pessoal traduz aquilo que o torna complementar à IA ou ainda está genérica?

  • Quem conhece suas capacidades EPOCH hoje?


“É mais fácil ensinar um algoritmo a resolver uma equação do que ensinar uma pessoa a ter esperança.” — Roberto Rigobon, MIT Sloan

Saúde mental e IA: há dores que só os humanos entendem


Vivemos uma epidemia silenciosa. Só que agora, ela já não é tão silenciosa assim.

Os afastamentos por transtornos mentais e comportamentais no Brasil têm crescido de forma alarmante. Ansiedade, depressão, burnout, entre outros. São sintomas de um modelo de trabalho que cobra mais do que o ser humano pode ou deveria suportar. 

Nesse cenário, há quem veja na inteligência artificial uma possível solução: “automatize-se o que causa estresse e ganharemos produtividade com bem-estar.”


Mas há um problema sério nessa lógica: 

A IA pode até processar dados, mas não sente. E por isso, não pode cuidar de nós.

A IA não escuta silêncios. Não reconhece um olhar perdido em uma reunião. Não percebe quando uma pausa não é um luxo, mas uma urgência. Não acolhe um profissional que está à beira de um colapso emocional.


Esse papel continua e continuará sendo humano, lembre-se do que falei lá no início do artigo da relação do menino robô com a mãe - não houve conexão, algo que só o ser humano é capaz, ou deveria ser, de se conectar ao outro.


É justamente nesse momento que precisamos resgatar algo que o MIT Sloan chamou de uma das capacidades mais difíceis de ensinar: empatia.


Não se trata apenas de oferecer um benefício ou implementar um programa. Trata-se de presença, de escuta ativa, de perceber o outro para além da entrega.


Como psicóloga, vejo todos os dias o impacto real que o ambiente corporativo tem sobre a saúde mental dos profissionais. E sei que a IA pode, sim, nos apoiar com dados, alertas, triagens e até com intervenções pontuais. Mas cuidar verdadeiramente de alguém ainda exige conexão humana. Por isso, não use a IA para fazer "terapia" procure um psicólogo - até porque você não tem nenhuma certeza se esses seus dados ficarão seguros ou serão usados de uma forma negativa contra você, em uma sessão de terapia, existe uma zona de confiança e ética profissional. 


Um exemplo meu - outro dia fiquei curiosa e fiz umas perguntas para o ChatGPT sobre mim e advinhem: A IA trouxe que eu havia escrito um artigo que nunca escrevi e também um livro que não é meu, apenas citei em um artigo em meu blog. Então, ela não é 100% confiável precisa de curadoria - vamos dizer assim: ela é uma estagiária que precisa de uma pessoa experiente sobre o assunto para validar o que oferece de informação, jamais pode ser copia e cola, você deve investigar como um pesquisador experiente e ético - para não agir de forma errada e antiética. 

Quem cuida de gente, precisa de gente.

O futuro do trabalho precisa de inteligência artificial, sim. Mas precisa, acima de tudo, de inteligência emocional, lembre-se sempre disso. 


Que lideranças, RHs e empresas não deleguem à IA o que só pode ser feito com empatia, ética e humanidade. E que cada um de nós também se permita cuidar e ser cuidado.


E você profissional, se está sentindo que não dá mais conta sozinho, saiba: isso não é fraqueza. É um sinal. E sinais existem para serem ouvidos.


Estou por aqui ou podemos agendar uma reunião!


Abraços, 

Juliana Starosky 

Ajudo C-Levels, Executivos e Gestores a fortalecerem sua Marca Pessoal | Transição, Consultoria, Mentoria de Carreira | Saúde Mental, Psicóloga 🧠| Fundadora da Starosky Consultoria 🌟Newsletter Headhunter da Carreira®

Cel. | WhatsApp: (11) 97319-9230


 
 
 

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