Emoções que definem sua carreira: Como elas moldam sua marca pessoal e podem impulsionar ou sabotar seu objetivo profissional.
- Juliana Starosky
- há 13 minutos
- 7 min de leitura
Por Juliana Starosky,
Olá leitores do Blog, hoje fiquei inspirada em escrever algo para vocês que tenho plena consciência que vai lhe ajudar muito em sua carreira, se você investir - seu autoconhecimento para gerir suas emoções, controlando assim seus sabotadores internos. É um processo que não é fácil, mas não impossível - requer treino e hábito diário.
Li o livro - O Erro de Descartes lá em 2001 quando estava iniciando meu primeiro ano da graduação de psicologia e quero ser muito grata pela escolha que fiz inicial, porque os professores eram incríveis e nos fizeram ler muitos, mas muitos livros. Uma das falas que posso trazer aqui para vocês, do Damasio e que serve muito para sua carreira é:
"Reconhecer a origem humilde e a vulnerabilidade do espírito e, ao mesmo tempo, continuar a recorrer à sua orientação, é tarefa difícil, mas indispensável." Antonio Damasio, em "O Erro de Descartes"

Durante minha carreira, assessorei inúmeros executivos e gerentes, e um ponto que sempre ficou claro é como as emoções moldam a trajetória profissional. Em minha experiência, as emoções não apenas influenciam a forma como nos posicionamos no mercado, mas também afetam profundamente a percepção que os outros têm de nossa marca pessoal. Mas, saibam que não é simples gerenciar as emoções, nosso cérebro é magnífico, mas também pode ser nosso pior inimigo, equilibrar ele todos os dias é nosso principal desafio. Até eu mesma preciso fazer isso, como um ser humano, apesar de ser psicóloga também preciso gerenciar minhas conquistas e frustrações isso é viver.
Mas, vamos lá ao tema desse artigo:
Emoções na Carreira: Casos reais que vi ao longo da trajetória profissional
Em uma de minhas mentorias e consultorias, trabalhei com uma diretora de vendas que, apesar de ter um histórico de resultados excepcionais, acreditava profundamente que “não era digna” de ser promovido à posição de vice-presidente.
Em suas palavras: “Eu sei que tenho feito um bom trabalho, mas nunca vou ser considerado para uma promoção de verdade. Eles sempre vão preferir outros. Eu não sou o tipo de profissional que eles estão procurando.” Esse pensamento limitante, enraizado em uma crença de incapacidade, estava moldando sua realidade. Ela não conseguia sequer se arriscar a se expor em reuniões ou expressar suas ideias com confiança. O medo de não ser aceita e de falhar estava paralisando suas ações. A grande mudança veio quando ela passou a trabalhar a autoconfiança e a entender como essa emoção de inadequação estava interferindo em sua forma de agir e de se posicionar.
Outro caso que me vem à mente é o de um gerente financeiro que, com um histórico de excelente liderança, mas extremamente controladora, acreditava que delegar tarefas era um sinal de fraqueza. Ele dizia frequentemente: “Eu sou a único que posso fazer isso do jeito certo. Se não for eu, as coisas vão sair erradas.” Essa crença, alimentada pelo medo de perder o controle, estava limitando sua capacidade de liderar sua equipe de forma eficaz. Ele não conseguia confiar nas habilidades de sua equipe e, como resultado, estava sobrecarregado e com dificuldades em delegar, o que a impedia de crescer e de promover a autonomia em sua equipe.
E, adivinhem: Tudo isso impactou negativamente o relacionamento na empresa com seus colegas, sua imagem (marca pessoal) ficou frágil, até que perceberam que o problema não estava na empresa e sim, dentro de si mesmo após esse olhar interno começaram a assumir o controle das emoções e ações.
Pensando no contexto da neurociência, o medo está intimamente ligado à amígdala, uma estrutura cerebral pertencente ao sistema límbico. A amígdala é fundamental no processamento emocional, especialmente na resposta ao medo. Ela tem a função de detectar ameaças e ativar a resposta de "luta ou fuga", preparando o corpo para reagir a situações de perigo. No entanto, o medo não se manifesta apenas fisicamente, mas também nas palavras que escolhemos para nos expressar, muitas vezes sem que tenhamos plena consciência disso.
O que o medo esconde, falas internas que podem ser conscientes ou inconscientes, como: "Se eu não fizer nada, ninguém me vê e não serei julgado, então permaneço em inércia" ou "Se eu tentar e não der certo, não sou um derrotado" são manifestações desse medo subjacente. Elas refletem o receio de expor-se ao fracasso ou ao julgamento, e acabam mantendo o profissional preso em uma zona de conforto, onde a ação e o risco são evitados. Essas falas, na verdade, são apenas a ponta do iceberg. Executivos e gestores frequentemente se veem presos em ciclos de autossabotagem emocional, expressando frases como:
“Eu sou muito velho para uma transição de carreira, ninguém mais vai me contratar.” claro que temos o etarismo presente, mas ele não ocorre em todas as empresas, sempre há aquelas com mentalidade aberta. Cabe a você tentar, com perseverança.
“Eu nunca fui bom em liderar equipes. Minha competência é técnica, e é nisso que vou me focar.”
“Se eu não agradar a todos, vou ser descartado.”
“Quem sobe é quem puxa-saco, eu não vou conseguir promoção porque não gosto de fazer política.” aqui realmente é uma pena, porque se estamos vivendo em sociedade, precisamos nos relacionar com todos, mesmo com visão diferente de mundo, e “fazer política” é se relacionar com diplomacia e empatia, mesmo que o outro não seja assim, você precisa ser se deseja chegar em algum lugar.
“Sou assim mesmo, é meu jeito e não vou mudar.” Aqui temos a Síndrome da Gabriela “eu nasci assim, vou morrer assim...” precisamos nos adaptar ao meio ao qual vivemos, com sabedoria e autoconhecimento. Nos fortalecendo para não adoecer com o que não é nosso, mas sim, do outro.
Essas crenças não são apenas palavras, mas reflexos de emoções profundamente enraizadas, frequentemente resultantes de experiências passadas ou traumas não resolvidos. São elas que nos colocam em uma “zona de medo” onde a autossabotagem se torna um mecanismo de defesa. Quando nos comparamos com os outros de maneira excessiva, como no caso da diretora que temia ser superado por outros profissionais mais jovens, essa comparação leva a um bloqueio emocional, impedindo o desenvolvimento e a ascensão.
O Impacto no mercado de trabalho: O risco de não gerenciar suas emoções
Essas emoções não gerenciadas não são apenas um obstáculo pessoal, mas afetam diretamente o desenvolvimento da marca pessoal de um profissional. Executivos que têm medo de arriscar, de se expor ou de se reinventar criam uma imagem de fragilidade, ainda que suas competências técnicas sejam excepcionais. A ausência de autenticidade e vulnerabilidade, muitas vezes, se traduz em um distanciamento da verdadeira essência do líder.
Os riscos para esses profissionais são significativos. O medo de falhar ou de se expor pode impedi-los de se comunicar de forma autêntica, limitando seu impacto nas reuniões e dificultando a construção de uma rede de contatos forte e eficaz. Em alguns casos, esse medo leva à paralisia, e a carreira estagna. A falta de ações proativas e a ausência de confiança podem resultar em um baixo desempenho percebido pelos outros, o que, por sua vez, diminui as oportunidades de crescimento e progresso.
Como lidar com suas emoções: O caminho para a superação
Em minha experiência, a chave para superar essas limitações emocionais é o autoconhecimento. Reconhecer os próprios medos e crenças é o primeiro passo para a mudança. As crenças limitantes, muitas vezes formadas na infância ou por experiências traumáticas ao longo da vida, podem ser desafiadas com o apoio certo. Ter um mentor, fazer terapia ou trabalhar com coaching de carreira (que sejam éticos, profissionais e recomendados) são caminhos fundamentais para transformar esses padrões emocionais negativos. Sei, que não é fácil, mas é um treino diário até que você lidere o seu cérebro, emoções e comportamentos e não eles, você.
Quero deixar alguns recursos para estudo, caso você se interesse pelo assunto:
Livro: “Inteligência Emocional” de Daniel Goleman Este clássico da psicologia destaca a importância de reconhecer e gerenciar as emoções para o sucesso no trabalho e na vida pessoal.
Filme: “O Diabo Veste Prada” A personagem principal Andy Sachs nos ensina sobre a importância de equilibrar as emoções em um ambiente de alta pressão e como a autossabotagem pode impactar a carreira. E, entender que muitas vezes o problema não está com você, mas sim você está em um ambiente onde a cultura da empresa, não faz sentido com seus valores pessoais, foi o que a personagem principal do filme, descobriu no final do processo.
TED Talk: “O Poder da Vulnerabilidade” de Brené Brown A vulnerabilidade é muitas vezes vista como fraqueza, mas Brené Brown nos mostra como ela pode ser uma força no desenvolvimento da marca pessoal e na liderança. O Poder da Vulnerabilidade - Brené Brown
E então, agora ficou claro para você como as emoções desempenham um papel de extrema importância na nossa carreira e na forma como construímos nossa marca pessoal?
Agora que refletimos sobre o impacto das emoções, particularmente o medo, na construção de sua marca pessoal e trajetória profissional, convido você a se perguntar:
Quais medos, muitas vezes invisíveis, têm moldado as minhas decisões profissionais até aqui?
Como as crenças limitantes formadas ao longo da minha vida têm influenciado minha liderança e capacidade de me expor ao risco no trabalho?
O que posso fazer, a partir de agora, para transformar minhas emoções em aliadas, em vez de permiti-las como obstáculos que limitam meu potencial?
Em um mercado cada vez mais competitivo e tóxico, a chave para se obter resultados está não apenas em dominar as habilidades técnicas, mas em compreender e gerenciar as emoções que nos impulsionam ou nos paralisam. O medo, se não for reconhecido e controlado, pode ser um grande sabotador da nossa carreira e marca pessoal.
No entanto, ao aprender a navegar por ele e a transformar essas emoções em força, você será capaz de construir uma carreira mais autêntica, forte e resiliente. A mudança começa com o autoconhecimento então, qual será o próximo passo na sua jornada de transformação?
Se você precisar de ajuda para reconhecer quais são seus sabotadores para em seguida focar em seu desenvolvimento de carreira, conte comigo! Estou à disposição para apoiar o seu desenvolvimento e ajudá-lo a construir uma marca pessoal sólida e verdadeira.
Abraços,
Juliana Starosky
Ajudo Executivos e Gestores a fortalecerem sua Marca Pessoal | Transição, Consultoria, Mentoria de Carreira | Saúde Mental 🧠| Fundadora da Starosky Consultoria | 🌟Newsletter Headhunter da Carreira®
Entre em contato:
📱 WhatsApp: (11) 97 319-9230
Aproveito para lhe convidar a me seguir aqui no
Assinar a Newsletter | Headhunter da Carreira:
Comentários